Objetivo: Aproveitando os acontecimentos que preenchem as notícias da mídia, a violência tem abrangido grande parte delas. Infelizmente faz parte de nosso cotidiano. Seja nas famílias, nas relações, no trânsito, nos diferentes ambientes, nas mais diversas situações. Partindo desta realidade, vivenciada, inclusive por nossos alunos, apresento a proposta de se trabalhar este tema nas aulas de arte, sugerindo uma reflexão sobre esta problemática social.
Público alvo: uma turma de 22 alunos do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal de Ensino Fundamental Prefeito Luciano Corsetti.
Período: 6 aulas com carga horária de 55 minutos de Ensino de Arte.
Disciplinas envolvidas: Trabalho desta proposta de forma integrada com as áreas de Geografia, História, Matemática e Português e Ensino Religioso.
As áreas sócio-históricas (Geografia e História) trabalham a seleção de reportagens que abordam tema de violência (policiais, de trânsito...) do jornal local de maior circulação na cidade (O Pioneiro), no período de uma semana, bem como a questão histórica e política dos desajustes sociais e os seus reflexos na contemporaneidade.
A área de Língua Portuguesa, trabalha a análise literária e gramatical dos textos.
A área de Matemática elabora gráficos com as estatísticas da violência em nossa cidade (no trânsito, latrocínios, crimes passionais, crimes envolvendo situações de drogas...), inclusive com pesquisa em dados da mídia e das delegacias regionais.
1ª aula: Os alunos dispostos em grupos de quatro alunos confeccionaram painéis com os recortes das páginas policiais do jornal O Pioneiro que utilizaram na discussão das aulas de História e Geografia. Os painéis ficaram expostos na sala de aula.
2ª aula: Exposição através do datashow das imagens abaixo relacionadas, as quais abordam o tema “violência” em períodos e contextos históricos diferentes. Durante a exposição, houve questionamento e discussão sobre as imagens:
- O que esta imagem apresenta?
- Há algum sentimento?
- Que tipo de violência?
- Há relação de poder?
- Qual a razão da manifestação de violência apresentada? Qual a causa?
3ª aula: Nesta aula foi apresentada a proposta a releitura das imagens expostas na aula anterior. Os alunos dispostos nos mesmos grupos da confecção dos painéis, representaram uma releitura que se integrasse no cotidiano de nossa cidade (pensando no gráfico elaborado nas aulas de matemática que apontam a maior incidência de violência de nossa cidade, região mais violenta, ... ). Enfim, inserindo esta releitura em nosso contexto. Os desenhos foram realizados em folha A3, com a utilização de lápis 6B.
4ª aula: Continuação da atividade da aula anterior para a sua conclusão.
5ª aula: Os grupos de alunos anexaram nas paredes do corredor de suas salas os painéis com os recortes das reportagens, suas releituras das obras apresentadas e os gráficos construídos nas aulas de matemática. A partir desta exposição dos painéis, de volta à sala de aula, lancei alguns questionamentos para iniciar uma discussão sobre o tema:
- Como vocês se sentiram ao olharem para os painéis dos corredores? Por quê?
- O que vocês gostariam de ver no lugar destas imagens? Por quê?
- Será possível uma solução para o término da violência? E a sua diminuição? Qual seria?
- Que tal a elaboração de um painel que destruísse o que fora construído por vocês?
Neste momento, houve uma proposta de um grupo de utilizar a letra de uma música para construir um painel que tentasse “desconstruir” a idéia da violência exposta no corredor.
6ª aula: A aula foi iniciada com o canto da música “Enquanto houver sol” dos Titãs, sendo repetida por diversas vezes. Os alunos então, se agruparam novamente e em grandes pedaços de papel pardo, mesclaram a letra da música com seus desenhos, os quais apresentavam cenas de amor, carinho, felicidade, união da família, enfim, o contrário de um cenário de violência.
Conclusão: A turma foi bastante receptiva com as propostas de trabalho e gostavam de comentar fatos ocorridos com seus familiares, vizinhos e amigos (falaram muito sobre o tema). O apontamento da maior parte da turma da causa da violência abordada nas reportagens foi o uso de drogas. E que infelizmente, faz parte do cotidiano de algumas famílias destes alunos.
- A mostra "A dor na Colômbia", do artista Fernando Botero sobre a violência do narcotráfico, da guerrilha e dos paramilitares colombianos, que fora exposta em Brasília, em abril deste ano.
- A série “Violência não é brincadeira”do jovem artista Herbert Sobral, assistente de Vik Muniz, que utiliza bonecos playmobil para retratar a violência urbana.
- A série de quadros denominada “Inimigos”, do artista plástico Gil Vicente, a qual é composta por obras as quais retratam, dentre outras, o autor matando personalidades políticas. A obra fora exposta na 29ª Bienal de São Paulo, em 2010.
- As obras “Guernica” (1937) e “Mulher Chorando” (1937) de Pablo Picasso.
- “O grito”(1893), de Edvard Munch.
- As obras da série “Stop the violence” do fotógrafo norte-americano François Robert, o qual utiliza ossos humanos nas suas composições.
Após a apresentação e discussão sobre as imagens citadas anteriormente, integrando a disciplina de Ensino Religioso, os painéis realizados nas aulas de Ensino de Arte são aproveitados para a organização de uma “Passeata pela paz” nas ruas do bairro da escola, que será realizada no mês de agosto, em que haverá a aplicação de um projeto da Secretaria Municipal de Transportes, devido à preocupação com a violência no trânsito de nossa cidade.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
terça-feira, 5 de julho de 2011
PCN para o Ensino Médio
Minha participação no Fórum "PCN para o Ensino Médio - Desenvolvendo competências e habilidades":
Complementando a fala da colega, a área de Arte no Ensino Médio deve oportunizar o aluno a explorar, construir e aumentar seu conhecimento, desenvolver suas habilidades, articular e realizar trabalhos estéticos e explorar sua sensibilidade e seus sentimentos. Sendo assim, o ensino de Arte deve possibilitar a todos os alunos a construção de conhecimentos que interajam com sua emoção, através do pensar, do apreciar e do fazer e compreender a arte e as suas diversas manifestações.
Complementando a fala da colega, a área de Arte no Ensino Médio deve oportunizar o aluno a explorar, construir e aumentar seu conhecimento, desenvolver suas habilidades, articular e realizar trabalhos estéticos e explorar sua sensibilidade e seus sentimentos. Sendo assim, o ensino de Arte deve possibilitar a todos os alunos a construção de conhecimentos que interajam com sua emoção, através do pensar, do apreciar e do fazer e compreender a arte e as suas diversas manifestações.
Proposta triangular, cultura visual e projetos de trabalho
Formas de pensar o ensino de artes visuais na contemporaneidade: proposta triangular, cultura visual e projetos de trabalho:
O ensino das Artes Visuais na contemporaneidade - PROPOSTA TRIANGULAR DE ANA MAE BARBOSA
“A arte contribui muito para desenvolver o sentido de cidadania, atentar para a diversidade cultural e para começar a respeitar as diferenças entre grupos culturais.”
Ana Mae Barbosa
Domingo, 18 de Outubro de 1998
(http://www.tvcultura.com.br/rodaviva/programa/pgm0627)
O ensino da Arte já passou por diferentes propostas metodológicas e somente a partir da nova LDB, acontece uma reestruturação em torno da disciplina, sendo que, a proposta metodológica mais forte para o ensino é a Proposta Triangular, criada por Ana Mae Barbosa.
Eixos norteadores: produção- fruição- reflexão
Ações: leitura de imagem – contextualização – criação
A METODOLOGIA OPORTUNIZA:
• O desenvolvimento da capacidade do aluno em formular hipóteses
• Despertar a capacidade crítica
• Contextualizar sua leitura com o mundo
• Articular as leituras de imagens com as demais disciplinas
• Proporcionar o desenvolvimento cultural do indivíduo
• Agregar outros saberes
• Construir novos conhecimentos
• Desenvolver sua individualidade e coletividade
“O que a arte na escola principalmente pretende é formar o conhecedor, fruidor e decodificador da obra de arte (...)".
Ana Mae Barbosa
Importância deste enfoque para o ensino de artes visuais no contexto atual:
As propostas contemporâneas do ensino da arte ampliaram-se e o arte -educador passou a ter um papel fundamental nos processos e métodos deste novo ensino.
Esta proposta pode ser expandida e contribuir para o desenvolvimento de outros projetos educacionais se houver o envolvimento do professor.
Todas as áreas do conhecimento podem ser beneficiadas com esta proposta que valoriza as produções artísticas e as informações culturais históricas.
O fazer artístico ganha importância no contexto escolar, pois, por meio dele o estudante passa a compreender e assimilar as obras de arte e períodos históricos pertencentes a ela estudados em sala, bem como, pode expressar por meio de uma linguagem da arte, suas idéias, concepções e sentimentos. Através da apreciação de uma obra de arte se desenvolve a habilidade de ver e descobrir as qualidades do mundo visual que cerca o apreciador, educando o senso estético.
Como explica Ana Mae (1995, p. 63, grifos nossos): “Num país onde os políticos ganham eleições através da televisão, a alfabetização pela leitura da imagem é fundamental, e a leitura da imagem artística, humanizadora”.
"Não é possível conhecer um país sem conhecer e compreender sua arte."
"Ao mesmo tempo, nossa história da arte pretende entrecruzar a linha do tempo com a análise das obras e da relação entre seus elementos, para tentar construir seu significado."
"A linguagem visual nos domina no mundo lá fora e não há nenhuma preocupação dentro da escola em preparar o aluno para ler essas imagens. O público quer conhecer; falta educação para a arte".
"A configuração visual do país é dada pelas artes plásticas".
"A arte está escondida, mas presente em todos esses movimentos de recuperação social. Graças a iniciativas pessoais e não-governamentais, está acontecendo".
"O fazer é muito importante para despertar a capacidade perceptiva para as nuances da construção artística."
"Um país só pode ser considerado culturalmente desenvolvido se ele tem uma alta produção e também uma alta compreensão dessa produção."
É importante entender arte, que é a representação do país por seus próprios membros."
FONTES DE PESQUISA:
http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=12
http://artesvisuaisemacao.blogspot.com/2007/10/resumo-proposta-triangular
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2490_1508.
Falas: http://ensinandoartesvisuais.blogspot.com/2007/11/arte-como-educao-e-cidadania-por-ana.
BIBLIOGRAFIA:
Entre memória e história / Ana Mae Barbosa, do livro: "Ensino da Arte: Memória e História".
O ensino das Artes Visuais na contemporaneidade - PROPOSTA TRIANGULAR DE ANA MAE BARBOSA
“A arte contribui muito para desenvolver o sentido de cidadania, atentar para a diversidade cultural e para começar a respeitar as diferenças entre grupos culturais.”
Ana Mae Barbosa
Domingo, 18 de Outubro de 1998
(http://www.tvcultura.com.br/rodaviva/programa/pgm0627)
O ensino da Arte já passou por diferentes propostas metodológicas e somente a partir da nova LDB, acontece uma reestruturação em torno da disciplina, sendo que, a proposta metodológica mais forte para o ensino é a Proposta Triangular, criada por Ana Mae Barbosa.
Eixos norteadores: produção- fruição- reflexão
Ações: leitura de imagem – contextualização – criação
A METODOLOGIA OPORTUNIZA:
• O desenvolvimento da capacidade do aluno em formular hipóteses
• Despertar a capacidade crítica
• Contextualizar sua leitura com o mundo
• Articular as leituras de imagens com as demais disciplinas
• Proporcionar o desenvolvimento cultural do indivíduo
• Agregar outros saberes
• Construir novos conhecimentos
• Desenvolver sua individualidade e coletividade
“O que a arte na escola principalmente pretende é formar o conhecedor, fruidor e decodificador da obra de arte (...)".
Ana Mae Barbosa
Importância deste enfoque para o ensino de artes visuais no contexto atual:
As propostas contemporâneas do ensino da arte ampliaram-se e o arte -educador passou a ter um papel fundamental nos processos e métodos deste novo ensino.
Esta proposta pode ser expandida e contribuir para o desenvolvimento de outros projetos educacionais se houver o envolvimento do professor.
Todas as áreas do conhecimento podem ser beneficiadas com esta proposta que valoriza as produções artísticas e as informações culturais históricas.
O fazer artístico ganha importância no contexto escolar, pois, por meio dele o estudante passa a compreender e assimilar as obras de arte e períodos históricos pertencentes a ela estudados em sala, bem como, pode expressar por meio de uma linguagem da arte, suas idéias, concepções e sentimentos. Através da apreciação de uma obra de arte se desenvolve a habilidade de ver e descobrir as qualidades do mundo visual que cerca o apreciador, educando o senso estético.
Como explica Ana Mae (1995, p. 63, grifos nossos): “Num país onde os políticos ganham eleições através da televisão, a alfabetização pela leitura da imagem é fundamental, e a leitura da imagem artística, humanizadora”.
"Não é possível conhecer um país sem conhecer e compreender sua arte."
"Ao mesmo tempo, nossa história da arte pretende entrecruzar a linha do tempo com a análise das obras e da relação entre seus elementos, para tentar construir seu significado."
"A linguagem visual nos domina no mundo lá fora e não há nenhuma preocupação dentro da escola em preparar o aluno para ler essas imagens. O público quer conhecer; falta educação para a arte".
"A configuração visual do país é dada pelas artes plásticas".
"A arte está escondida, mas presente em todos esses movimentos de recuperação social. Graças a iniciativas pessoais e não-governamentais, está acontecendo".
"O fazer é muito importante para despertar a capacidade perceptiva para as nuances da construção artística."
"Um país só pode ser considerado culturalmente desenvolvido se ele tem uma alta produção e também uma alta compreensão dessa produção."
É importante entender arte, que é a representação do país por seus próprios membros."
FONTES DE PESQUISA:
http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=12
http://artesvisuaisemacao.blogspot.com/2007/10/resumo-proposta-triangular
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/2490_1508.
Falas: http://ensinandoartesvisuais.blogspot.com/2007/11/arte-como-educao-e-cidadania-por-ana.
BIBLIOGRAFIA:
Entre memória e história / Ana Mae Barbosa, do livro: "Ensino da Arte: Memória e História".
Professor mediador e pesquisador
O papel do professor como provocador de construções significativas - O professor como mediador e pesquisador
Discussão em fórum a partir de leitura dos textos de Marcos Villela Pereira (PUCRS) e trata da necessidade permanente de pesquisa na construção da professoralidade e de Prof. Mirian Celeste Martins e trata do conceito de mediação.
Perguntas iniciais para orientar uma discussão reflexiva:- Em sua experiência e reflexão pessoal como você entende o conceito de mediação educativa? De que maneira este conceito relaciona-se ao conceito de curadoria educativa?- O que Villela Pereira entende como processo de professoralização? De que forma este relaciona-se com processos de subjetivação? E o que isso tem a ver com educação e arte?
Minha participação neste fórum:
Neste papel, o professor não dá as respostas, mas sim as constrói a partir do questionamento, da problematização, do estabelecimento de relações entre a manifestação artística com o contexto da sua mensagem, com o contexto histórico, social ou político a que a obra propõe a reflexão. Que mensagem esta obra nos transmite? O que o artista quis dizer? O que você percebe nesta obra? O que você sente ao observá-la, ao ouvi-la ou ao tocá-la? O quê? Por quê? Para quê?
Discussão em fórum a partir de leitura dos textos de Marcos Villela Pereira (PUCRS) e trata da necessidade permanente de pesquisa na construção da professoralidade e de Prof. Mirian Celeste Martins e trata do conceito de mediação.
Perguntas iniciais para orientar uma discussão reflexiva:- Em sua experiência e reflexão pessoal como você entende o conceito de mediação educativa? De que maneira este conceito relaciona-se ao conceito de curadoria educativa?- O que Villela Pereira entende como processo de professoralização? De que forma este relaciona-se com processos de subjetivação? E o que isso tem a ver com educação e arte?
Minha participação neste fórum:
Neste papel, o professor não dá as respostas, mas sim as constrói a partir do questionamento, da problematização, do estabelecimento de relações entre a manifestação artística com o contexto da sua mensagem, com o contexto histórico, social ou político a que a obra propõe a reflexão. Que mensagem esta obra nos transmite? O que o artista quis dizer? O que você percebe nesta obra? O que você sente ao observá-la, ao ouvi-la ou ao tocá-la? O quê? Por quê? Para quê?
O ensino de artes visuais e avaliação
Avaliar a fim de promover aprendizagens significativas. Partindo dessa concepção, é importante definir a avaliação de forma a propiciar situações individualizadas de evolução, de desenvolvimento, de superação, de estímulo à exposição de suas ideias, de discussão sobre determinado assunto de forma mais ampla. Avalia-se para cuidar que o aluno aprenda e para promover melhores oportunidades de aprendizagem. Enfim, para que sua aprendizagem tenha significado.
Avaliar no Ensino da Arte, dentro da Proposta Triangular de Ana Mae Barbosa, se propõe uma reflexão e uma tomada de consciência dos sujeitos envolvidos - educador e aluno – no que se refere ao fazer artístico, que possam ser contemplados e percebidos os processos vivenciados pelo aluno no que se refere as propostas trabalhadas, a exploração dos suportes, os avanços na produção de desenho e a reelaboração e exploração de novas configurações, o uso de materiais, a exploração dos elementos da linguagem visual, o reconhecer a ampliação dos processos de correlação artísticas e estéticas; e possibilitando também a ampliação na forma de conhecer e perceber sua própria produção e a produção do outro; o desenvolvimento estético na leitura de imagens e na leitura crítica de imagens do cotidiano.
O educador precisa desenvolver estratégias pelas quais possa acompanhar e participar ativamente desse processo, sugerindo também novos direcionamentos para o mesmo. É preciso também, através da avaliação, o repensar a sua prática. Segundo Paulo Freire “é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”.
Avaliar no Ensino da Arte, dentro da Proposta Triangular de Ana Mae Barbosa, se propõe uma reflexão e uma tomada de consciência dos sujeitos envolvidos - educador e aluno – no que se refere ao fazer artístico, que possam ser contemplados e percebidos os processos vivenciados pelo aluno no que se refere as propostas trabalhadas, a exploração dos suportes, os avanços na produção de desenho e a reelaboração e exploração de novas configurações, o uso de materiais, a exploração dos elementos da linguagem visual, o reconhecer a ampliação dos processos de correlação artísticas e estéticas; e possibilitando também a ampliação na forma de conhecer e perceber sua própria produção e a produção do outro; o desenvolvimento estético na leitura de imagens e na leitura crítica de imagens do cotidiano.
O educador precisa desenvolver estratégias pelas quais possa acompanhar e participar ativamente desse processo, sugerindo também novos direcionamentos para o mesmo. É preciso também, através da avaliação, o repensar a sua prática. Segundo Paulo Freire “é pensando criticamente a prática de hoje ou de ontem que se pode melhorar a próxima prática”.
Observação de aula
Atividade – Relatório de observação de aula - 16/06/2011
A escola da rede municipal de ensino de Caxias do Sul em que observei a aula situa-se na zona urbana. Fica num bairro da zona leste da cidade e atende alunos de cinco loteamentos próximos do bairro, por ser a maior escola do município. A escola atende cerca de novecentos alunos em três turnos. Foram observadas duas aulas de 50 minutos com a turma 5.3. As turmas de 5º ano têm duas aulas semanais de artes. Uma aula é realizada na sala de aula, na outra, na sala de artes.
Numa aula, a professora levou os alunos no auditório para apresentar no datashow a biografia e as imagens das obras de Alfredo Volpi. Em cada apresentação, comentava e questionava os alunos sobre as imagens, propondo a leitura das mesmas.
Na segunda aula que observei, a professora buscou os alunos na sala, conduzindo-os até a sala de artes. Então, lançou a proposta dos alunos realizarem a releitura das obras de Volpi em suas bandeirinhas. Primeiramente, apresentou um molde quadrado com as medidas que cada bandeirinha deveria ter, bem como as posições de recorte delas. As bandeirinhas foram confeccionadas em folha de desenho e papel vegetal. Então, dividiu a turma de 30 alunos em 6 grupos de 5 alunos. Para cada grupo, foi proposta uma técnica de textura, desenho ou frotagem nas bandeirinhas, utilizando diversos materiais (giz de cera, carimbos, retalhos de tecido, de papel, E.V.A., sucata, alimentos...) e também a exploração de um tema diferente: vida de Alfredo Volpi; influência da cultura italiana nas festas juninas; características das obras de Volpi; vestimenta e comidas juninas; quadrilhas e letras de músicas juninas; palavras que caracterizam festas juninas; tradições de festas juninas; uso de cores primárias, secundárias e terciárias.
A professora de Ensino da Arte tem 46 anos, tem curso de Licenciatura em Artes Plásticas pela Universidade de Caxias do Sul (em 1987). Está cursando pós-graduação em Educação Especial e Inclusiva. É professora da rede municipal de ensino de Caxias do Sul desde 1991. A professora atende as turmas de 4º e 5º anos do Ensino Fundamental no turno da tarde, que somam 240 alunos. Ela divide uma sala de artes com a outra professora da área que atende as turmas de 2º e 3º anos.
A sala de artes possui 6 mesas grandes que comportariam 6 alunos em cada uma. Porém, como as turmas possuem de 28 a 30 alunos cada, o espaço se torna de difícil circulação. Neste local, também há uma pia (cuja torneira não funciona), três armários grandes e duas prateleiras carregadas com muitas caixas de material que são trazidos pelos alunos. As paredes são revestidas de azulejos claros e não há nenhuma imagem nelas. A sala de artes possui um aspecto de despensa.
A professora tem um bom relacionamento com os alunos. Os alunos da turma são bastante agitados, mas não são agressivos com a professora, mas sim, entre eles mesmos. A professora precisa interromper por várias vezes as explicações a fim de obter organização e conduzir a realização dos trabalhos.
Objetivo do plano de trabalho da turma 5.3 na área de artes: Aproveitando o tema abordado nas aulas de história do 5º ano, cujo tema é Imigração Italiana no Brasil, foram trabalhadas a vida e a obra do artista Alfredo Volpi (1896-19880, que era filho de imigrantes italianos e veio para o Brasil com um ano de idade. A partir da história de vida deste artista e da leitura de suas obras, o trabalho foi direcionado para a releitura das mesmas. A releitura propõe a confecção de bandeirinhas com diferentes texturas, cores e temáticas (influência da imigração italiana nas festas juninas, vida e obra de Alfredo Volpi, características e origem das festas juninas).
A professora pretende trabalhar a confecção de bandeirinhas com diferentes texturas (frotagem, carimbos, sobreposições de materiais, ...) e explorando diferentes materiais (cola colorida, papel vegetal, giz de cera, folhas de revista e jornal, E.V.A., ...). E sua proposta pretende também que cada aluno decore sua bandeirinha tendo como foco uma temática: vida e obra de Volpi; características e origem das festas juninas; ... a fim de organizar um grande mural para ser utilizado na decoração da festa junina da escola.
A culminância deste plano de trabalho se dará em agosto, pois a partir da releitura das obras de Volpi, haverá a abordagem da influência dos imigrantes na cultura brasileira.
A escola da rede municipal de ensino de Caxias do Sul em que observei a aula situa-se na zona urbana. Fica num bairro da zona leste da cidade e atende alunos de cinco loteamentos próximos do bairro, por ser a maior escola do município. A escola atende cerca de novecentos alunos em três turnos. Foram observadas duas aulas de 50 minutos com a turma 5.3. As turmas de 5º ano têm duas aulas semanais de artes. Uma aula é realizada na sala de aula, na outra, na sala de artes.
Numa aula, a professora levou os alunos no auditório para apresentar no datashow a biografia e as imagens das obras de Alfredo Volpi. Em cada apresentação, comentava e questionava os alunos sobre as imagens, propondo a leitura das mesmas.
Na segunda aula que observei, a professora buscou os alunos na sala, conduzindo-os até a sala de artes. Então, lançou a proposta dos alunos realizarem a releitura das obras de Volpi em suas bandeirinhas. Primeiramente, apresentou um molde quadrado com as medidas que cada bandeirinha deveria ter, bem como as posições de recorte delas. As bandeirinhas foram confeccionadas em folha de desenho e papel vegetal. Então, dividiu a turma de 30 alunos em 6 grupos de 5 alunos. Para cada grupo, foi proposta uma técnica de textura, desenho ou frotagem nas bandeirinhas, utilizando diversos materiais (giz de cera, carimbos, retalhos de tecido, de papel, E.V.A., sucata, alimentos...) e também a exploração de um tema diferente: vida de Alfredo Volpi; influência da cultura italiana nas festas juninas; características das obras de Volpi; vestimenta e comidas juninas; quadrilhas e letras de músicas juninas; palavras que caracterizam festas juninas; tradições de festas juninas; uso de cores primárias, secundárias e terciárias.
A professora de Ensino da Arte tem 46 anos, tem curso de Licenciatura em Artes Plásticas pela Universidade de Caxias do Sul (em 1987). Está cursando pós-graduação em Educação Especial e Inclusiva. É professora da rede municipal de ensino de Caxias do Sul desde 1991. A professora atende as turmas de 4º e 5º anos do Ensino Fundamental no turno da tarde, que somam 240 alunos. Ela divide uma sala de artes com a outra professora da área que atende as turmas de 2º e 3º anos.
A sala de artes possui 6 mesas grandes que comportariam 6 alunos em cada uma. Porém, como as turmas possuem de 28 a 30 alunos cada, o espaço se torna de difícil circulação. Neste local, também há uma pia (cuja torneira não funciona), três armários grandes e duas prateleiras carregadas com muitas caixas de material que são trazidos pelos alunos. As paredes são revestidas de azulejos claros e não há nenhuma imagem nelas. A sala de artes possui um aspecto de despensa.
A professora tem um bom relacionamento com os alunos. Os alunos da turma são bastante agitados, mas não são agressivos com a professora, mas sim, entre eles mesmos. A professora precisa interromper por várias vezes as explicações a fim de obter organização e conduzir a realização dos trabalhos.
Objetivo do plano de trabalho da turma 5.3 na área de artes: Aproveitando o tema abordado nas aulas de história do 5º ano, cujo tema é Imigração Italiana no Brasil, foram trabalhadas a vida e a obra do artista Alfredo Volpi (1896-19880, que era filho de imigrantes italianos e veio para o Brasil com um ano de idade. A partir da história de vida deste artista e da leitura de suas obras, o trabalho foi direcionado para a releitura das mesmas. A releitura propõe a confecção de bandeirinhas com diferentes texturas, cores e temáticas (influência da imigração italiana nas festas juninas, vida e obra de Alfredo Volpi, características e origem das festas juninas).
A professora pretende trabalhar a confecção de bandeirinhas com diferentes texturas (frotagem, carimbos, sobreposições de materiais, ...) e explorando diferentes materiais (cola colorida, papel vegetal, giz de cera, folhas de revista e jornal, E.V.A., ...). E sua proposta pretende também que cada aluno decore sua bandeirinha tendo como foco uma temática: vida e obra de Volpi; características e origem das festas juninas; ... a fim de organizar um grande mural para ser utilizado na decoração da festa junina da escola.
A culminância deste plano de trabalho se dará em agosto, pois a partir da releitura das obras de Volpi, haverá a abordagem da influência dos imigrantes na cultura brasileira.
Artes Visuais na contemporaneidade
Questionar, desacomodar, problematizar, instigar, estender caminhos à reflexão... O ensino de Arte na contemporaneidade deve estar norteado nestas ações. A Arte também proporciona conhecimento e também nos leva à transformação.
"Tratando mais especificamente de cada ação da Proposta Triangular e pensando a avaliação como uma reflexão e como a tomada de consciência dos sujeitos envolvidos - educador e estudantes – nosso referencial teórico propõe, no que se refere ao fazer artístico, que possam ser contemplados e percebidos os processos vivenciados pelos(as) estudantes no que se refere as propostas trabalhadas, a exploração dos suportes, os avanços na produção de desenho e a reelaboração e exploração de novas configurações, o uso de materiais, a exploração dos elementos da linguagem visual."
No que se refere à leitura de imagens, espera-se que o(a) arte/educador(a) adote uma teoria que possa nortear cada etapa/estágio da leitura vivenciada pelos(as) estudantes e poder determinar e/ou perceber o nível de desenvolvimento estético de cada um(a) ao ler imagens. Nesse sentido, temos as contribuições de Robert Ott, Michael Parsons, Edmund Feldman e mais recentemente as contribuições de Fernando Hernández para a importância da leitura crítica de imagens do cotidiano."
"Artes Visuais na escola considera a arte como elemento fundante para a construção de conhecimentos, possibilita a formação de um sujeito crítico e consciente, leitor reflexivo do mundo, sujeito que compreende a diversidade como constituinte de nossa formação, capaz de perceber os problemas e propor transformações para o entorno e para um contexto mais amplo."
(Fabiana Souto Lima Vidal – UFPE)
Elaborei uma situação de aprendizagem:
Atividade: situação de aprendizagem
“Vitória ou Morte” , Eugenio Merino.
Escolhi a escultura “Vitória ou Morte” do artista espanhol Eugenio Merino que fez parte da exposição da Feira Internacional de Arte Contemporânea (ARCO 2011) de Madrid. A obra chamou a minha atenção por apresentar um gesto feito com os dedos anelar e indicador, que simboliza universalmente a paz, porém a cor vermelha da mão e o arame farpado cercando a mesma, remetem a ideia de que esta “paz não existe”, ou seja, direciona à violência (vivenciada em todos os cantos do planeta). Esta obra pode ser trabalhada em sala de aula tanto para se trabalhar o simbolismo do gesto (paz), bem como suas manifestações, pessoas que a promovem, situações de busca por ela... Como também a representação da cor vermelha e da presença do arame farpado que podem nos remeter à violência que faz parte em diversos âmbitos em nossas vidas (na família, na comunidade, no bairro, no trânsito, nas instituições, na cidade, no país, no mundo...). E também pode ser feita a ligação da obra com a Arte Contemporânea, que num primeiro olhar pode nos causar estranheza, não nos mostrar nada de belo por se tratar de uma obra de arte, mas muito pode nos dizer. E então, se trabalhar a mensagem que a obra pode nos trazer (através do gesto , da cor e do objeto apresentado nela, o que toda a composição quer nos dizer, a crítica e a reflexão a que nos remete).
Fonte de pesquisa:
http://regbit.blogspot.com/2011/02/feira-de-arte-contemporanea-na-espanha.html
"Tratando mais especificamente de cada ação da Proposta Triangular e pensando a avaliação como uma reflexão e como a tomada de consciência dos sujeitos envolvidos - educador e estudantes – nosso referencial teórico propõe, no que se refere ao fazer artístico, que possam ser contemplados e percebidos os processos vivenciados pelos(as) estudantes no que se refere as propostas trabalhadas, a exploração dos suportes, os avanços na produção de desenho e a reelaboração e exploração de novas configurações, o uso de materiais, a exploração dos elementos da linguagem visual."
No que se refere à leitura de imagens, espera-se que o(a) arte/educador(a) adote uma teoria que possa nortear cada etapa/estágio da leitura vivenciada pelos(as) estudantes e poder determinar e/ou perceber o nível de desenvolvimento estético de cada um(a) ao ler imagens. Nesse sentido, temos as contribuições de Robert Ott, Michael Parsons, Edmund Feldman e mais recentemente as contribuições de Fernando Hernández para a importância da leitura crítica de imagens do cotidiano."
"Artes Visuais na escola considera a arte como elemento fundante para a construção de conhecimentos, possibilita a formação de um sujeito crítico e consciente, leitor reflexivo do mundo, sujeito que compreende a diversidade como constituinte de nossa formação, capaz de perceber os problemas e propor transformações para o entorno e para um contexto mais amplo."
(Fabiana Souto Lima Vidal – UFPE)
Elaborei uma situação de aprendizagem:
Atividade: situação de aprendizagem
“Vitória ou Morte” , Eugenio Merino.
Escolhi a escultura “Vitória ou Morte” do artista espanhol Eugenio Merino que fez parte da exposição da Feira Internacional de Arte Contemporânea (ARCO 2011) de Madrid. A obra chamou a minha atenção por apresentar um gesto feito com os dedos anelar e indicador, que simboliza universalmente a paz, porém a cor vermelha da mão e o arame farpado cercando a mesma, remetem a ideia de que esta “paz não existe”, ou seja, direciona à violência (vivenciada em todos os cantos do planeta). Esta obra pode ser trabalhada em sala de aula tanto para se trabalhar o simbolismo do gesto (paz), bem como suas manifestações, pessoas que a promovem, situações de busca por ela... Como também a representação da cor vermelha e da presença do arame farpado que podem nos remeter à violência que faz parte em diversos âmbitos em nossas vidas (na família, na comunidade, no bairro, no trânsito, nas instituições, na cidade, no país, no mundo...). E também pode ser feita a ligação da obra com a Arte Contemporânea, que num primeiro olhar pode nos causar estranheza, não nos mostrar nada de belo por se tratar de uma obra de arte, mas muito pode nos dizer. E então, se trabalhar a mensagem que a obra pode nos trazer (através do gesto , da cor e do objeto apresentado nela, o que toda a composição quer nos dizer, a crítica e a reflexão a que nos remete).
Fonte de pesquisa:
http://regbit.blogspot.com/2011/02/feira-de-arte-contemporanea-na-espanha.html
Tendências pedagógicas e o Ensino de Artes Visuais
Realizei o trabalho sobre "Tendências pedagógicas e o ensino de artes - panorama histórico" abordando a "ESCOLA TRADICIONAL"
“ O adulto, detentor do saber, incutiria na criança conhecimentos e valores morais aceitáveis socialmente."Ferraz e Fusari (1993, p. 23)
“A escola tradicional reproduz modelos, não estimula a participação dos estudantes e da comunidade, define o professor como o centro das atividades e propostas, firma previamente os conteúdos a serem ensinados e despreza o conhecimento de mundo dos educandos.” (http://www.planetaeducacao.com.br/)
O ensino de Arte na pedagogia tradicional:
Inicia-se no século XIX e se estende para o século XX.
Valorizava a transmissão do conteúdo de forma reprodutivista preocupando-se, sobretudo, com o produto do trabalho escolar.
Esse produto demonstrava o quanto o aluno aprendeu do “fazer técnico e científico” dos conteúdos abordados.
Os conteúdos são verdades absolutas, dissociadas da vivência dos alunos e de sua realidade social.
A metodologia aplicada nas aulas de desenho na escola tradicional, é feita através de exercícios propostos pelo professor, com
reproduções de modelos, exclusivamente voltados para o aprimoramento do desenho e da destreza motora, percepção visual e arte pautada pela concepção estética do belo.
O aluno é o receptor passivo, inserido em um mundo que irá conhecer pelo repasse de informações.
A avaliação é centrada no produto do trabalho.
“Na arte: mimética, cópias, modelos externos, fazer técnica e científico, conteúdo reprodutivista, mantém a divisão social existente, canto orfeônico, trabalhos manuais.” (http://www.cedap.assis.unesp.br/cantolibertario/textos/0145.html)
Ao refletir sobre a pedagogia tradicional, percebe-se que ela continua forte e persistente na grande maioria das escolas e universidades.Na questão do ensino e da aprendizagem da arte, esta continua restringindo-se à cópia e à repetição de modelos propostos pelo professor, com o objetivo de desenvolver a coordenação motora e a percepção visual do aluno, que se exercita ao copiar fielmente, o mais completo possível, do modelo original. Essa concepção está presente na maioria dos cursos de arte espalhados pelo País, bem como nas escolas, pode – se ver muitas aulas dessa forma.
Ainda temos aulas que parecem repetir os passos das aulas tradicionais:
• “Recordação da aula anterior ou preparação para aula do momento
• Apresentação de novos conhecimentos, principalmente através de aulas expositivas,
• Assimilação do novo conhecimento por parte do aluno por meio de comparações,
• Generalização e identificação dos conhecimentos por meio de exercícios,
• Aplicação dos novos conhecimentos em diferentes situações, atribuindo para isso , “ lições de casa” com exercícios de fixação e memorização.” (Fuzari e Ferraz, 2001, p. 27)
• O ideal é aplicar os pontos positivos de cada método, ou seja, um cenário no qual o professor conhece e domina o conteúdo a ser ministrado e os alunos utilizam o senso crítico. Neste processo de ensino e aprendizagem , a participação ativa do professor e do aluno é fundamental para se alcançar os objetivos. Claro que não somente por meio de comparações, mas com reflexões para formação da cidadania, relacionando passado e presente, ampliando a formação cultural e não esquecendo as concepções de mundo e de sociedade que queremos vivenciar e construir com os alunos.
• Ainda encontra-se muita resistência por parte de alguns professores que não conseguem superar a influência da pedagogia tradicional recebida durante sua formação acadêmica, mostrando insegurança para introduzir as tendências contemporâneas.
Referências bibliográficas:
• ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre, mediação, 2009.
• FUSARI , Maria Felisminda de Rezende e FERRAZ, Maria Heloísa Corrêa de Toledo. Arte na educação escolar. São Paulo. Cortez, 2001.
• Fontes:
• http://www.gearte.ufrgs.br/producoes/producao_gilvania07.pdf
• http://revistaescola.abril.com.br/arte/fundamentos/conhecer-cultura-soltar-imaginacao-427722.shtml
• http://www.arteducacao.pro.br/Artigos/educativa.htm
• http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=23php?id_m=23
• http://www.cedap.assis.unesp.br/cantolibertario/textos/0145.html
“ O adulto, detentor do saber, incutiria na criança conhecimentos e valores morais aceitáveis socialmente."Ferraz e Fusari (1993, p. 23)
“A escola tradicional reproduz modelos, não estimula a participação dos estudantes e da comunidade, define o professor como o centro das atividades e propostas, firma previamente os conteúdos a serem ensinados e despreza o conhecimento de mundo dos educandos.” (http://www.planetaeducacao.com.br/)
O ensino de Arte na pedagogia tradicional:
Inicia-se no século XIX e se estende para o século XX.
Valorizava a transmissão do conteúdo de forma reprodutivista preocupando-se, sobretudo, com o produto do trabalho escolar.
Esse produto demonstrava o quanto o aluno aprendeu do “fazer técnico e científico” dos conteúdos abordados.
Os conteúdos são verdades absolutas, dissociadas da vivência dos alunos e de sua realidade social.
A metodologia aplicada nas aulas de desenho na escola tradicional, é feita através de exercícios propostos pelo professor, com
reproduções de modelos, exclusivamente voltados para o aprimoramento do desenho e da destreza motora, percepção visual e arte pautada pela concepção estética do belo.
O aluno é o receptor passivo, inserido em um mundo que irá conhecer pelo repasse de informações.
A avaliação é centrada no produto do trabalho.
“Na arte: mimética, cópias, modelos externos, fazer técnica e científico, conteúdo reprodutivista, mantém a divisão social existente, canto orfeônico, trabalhos manuais.” (http://www.cedap.assis.unesp.br/cantolibertario/textos/0145.html)
Ao refletir sobre a pedagogia tradicional, percebe-se que ela continua forte e persistente na grande maioria das escolas e universidades.Na questão do ensino e da aprendizagem da arte, esta continua restringindo-se à cópia e à repetição de modelos propostos pelo professor, com o objetivo de desenvolver a coordenação motora e a percepção visual do aluno, que se exercita ao copiar fielmente, o mais completo possível, do modelo original. Essa concepção está presente na maioria dos cursos de arte espalhados pelo País, bem como nas escolas, pode – se ver muitas aulas dessa forma.
Ainda temos aulas que parecem repetir os passos das aulas tradicionais:
• “Recordação da aula anterior ou preparação para aula do momento
• Apresentação de novos conhecimentos, principalmente através de aulas expositivas,
• Assimilação do novo conhecimento por parte do aluno por meio de comparações,
• Generalização e identificação dos conhecimentos por meio de exercícios,
• Aplicação dos novos conhecimentos em diferentes situações, atribuindo para isso , “ lições de casa” com exercícios de fixação e memorização.” (Fuzari e Ferraz, 2001, p. 27)
• O ideal é aplicar os pontos positivos de cada método, ou seja, um cenário no qual o professor conhece e domina o conteúdo a ser ministrado e os alunos utilizam o senso crítico. Neste processo de ensino e aprendizagem , a participação ativa do professor e do aluno é fundamental para se alcançar os objetivos. Claro que não somente por meio de comparações, mas com reflexões para formação da cidadania, relacionando passado e presente, ampliando a formação cultural e não esquecendo as concepções de mundo e de sociedade que queremos vivenciar e construir com os alunos.
• Ainda encontra-se muita resistência por parte de alguns professores que não conseguem superar a influência da pedagogia tradicional recebida durante sua formação acadêmica, mostrando insegurança para introduzir as tendências contemporâneas.
Referências bibliográficas:
• ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre, mediação, 2009.
• FUSARI , Maria Felisminda de Rezende e FERRAZ, Maria Heloísa Corrêa de Toledo. Arte na educação escolar. São Paulo. Cortez, 2001.
• Fontes:
• http://www.gearte.ufrgs.br/producoes/producao_gilvania07.pdf
• http://revistaescola.abril.com.br/arte/fundamentos/conhecer-cultura-soltar-imaginacao-427722.shtml
• http://www.arteducacao.pro.br/Artigos/educativa.htm
• http://www.artenaescola.org.br/pesquise_artigos_texto.php?id_m=23php?id_m=23
• http://www.cedap.assis.unesp.br/cantolibertario/textos/0145.html
Discussão sobre a problemática de educar para a compreensão da arte contemporânea
Uma tarefa um tanto quanto difícil: educar para a compreensão da arte. Uma tarefa que exige o rompimento com os moldes tradicionais nos quais fomos educados e os quais fazem parte da história da nossa cultura, hábitos e valores. Uma tarefa que nos remete a propor questionamento, problematização, instigação em nossos alunos.
28/04/2011
28/04/2011
A área de Artes Visuais nos PCNs:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para a área de artes são um instrumento importante para o trabalho de planejamento e organização curricular.Nesta semana revisaremos alguns aspectos apontados por este documento que podem nos auxiliar a embasar nossas ações docentes com bastante propriedade.
O seguinte trecho da PCN de Arte resume a grande problemática no ensino desta área: "...A questão central do ensino de Arte no Brasil diz respeito a um enorme descompasso entre a produção teórica, que tem um trajeto de constantes perguntas e formulações, e o acesso dos professores a essa produção, que é dificultado pela fragilidade de sua formação, pela pequena quantidade de livros editados sobre o assunto, sem falar nas inúmeras visões preconcebidas que reduzem a atividade artística na escola a um verniz de superfície, que visa as comemorações de datas cívicas e enfeitar o cotidiano escolar." Mas os PCNs formam um importante documento que pode nortear os educadores de forma a apresentar a contribuição da área de Arte para a construção do conhecimento, a mudança de comportamento, a problematização, a reflexão e a formação da cidadania. 22/04/2011
O seguinte trecho da PCN de Arte resume a grande problemática no ensino desta área: "...A questão central do ensino de Arte no Brasil diz respeito a um enorme descompasso entre a produção teórica, que tem um trajeto de constantes perguntas e formulações, e o acesso dos professores a essa produção, que é dificultado pela fragilidade de sua formação, pela pequena quantidade de livros editados sobre o assunto, sem falar nas inúmeras visões preconcebidas que reduzem a atividade artística na escola a um verniz de superfície, que visa as comemorações de datas cívicas e enfeitar o cotidiano escolar." Mas os PCNs formam um importante documento que pode nortear os educadores de forma a apresentar a contribuição da área de Arte para a construção do conhecimento, a mudança de comportamento, a problematização, a reflexão e a formação da cidadania. 22/04/2011
Relato de uma professora de Artes Visuais...
Escolhi o relato da professora Silvia Trentin que desenvolveu um projeto no ateliê Contrastes Artes, na cidade de Não-me-Toque/RS. O seu projeto foi desenvolvido com alunos do Ensino Fundamental e Médio da rede pública e privada. O projeto denominado "Arte no trânsito e para o trânsito" teve a intenção de chamar a atenção para um questionamento e reflexão sobre uma problemática vivenciada atualmente por todos os cidadãos (a violência no trânsito) através da linguagem artística.
Após os alunos escolherem obras artísticas famosas , fizeram então, uma releitura das mesmas "inserindo-as" na problematização do tema "Educação no trânsito". As produções foram realizadas com lápis de cor, giz pastel em folhas tamanho A3. Então foram ampliadas (em tamanho 100x60cm), plastificadas e colocadas em diversas vias da movimentadas da cidade.
Considerei este relato porque o tema é de grande importância para todos (alunos,pais e professores), pedestres ou motoristas, pois vivenciamos diariamente, seja em nossas cidades, seja em telejornais o aumento do número de veículos e consequentemente de acidentes, a falta de respeito e de educação no trânsito. A escola pode ter um alcance no questionamento, na reflexão e na mudança de comportamento dos alunos com relação a este grande problema sofrido por toda a sociedade. Pode atingir pais e da forma como os trabalhos foram expostos, a comunidade. E outro ponto relevante do projeto foi de incluir a Arte na proposta, pois trata-se de uma outra forma de linguagem, mas que é universal, pode ser traduzida por todos.
Após os alunos escolherem obras artísticas famosas , fizeram então, uma releitura das mesmas "inserindo-as" na problematização do tema "Educação no trânsito". As produções foram realizadas com lápis de cor, giz pastel em folhas tamanho A3. Então foram ampliadas (em tamanho 100x60cm), plastificadas e colocadas em diversas vias da movimentadas da cidade.
Considerei este relato porque o tema é de grande importância para todos (alunos,pais e professores), pedestres ou motoristas, pois vivenciamos diariamente, seja em nossas cidades, seja em telejornais o aumento do número de veículos e consequentemente de acidentes, a falta de respeito e de educação no trânsito. A escola pode ter um alcance no questionamento, na reflexão e na mudança de comportamento dos alunos com relação a este grande problema sofrido por toda a sociedade. Pode atingir pais e da forma como os trabalhos foram expostos, a comunidade. E outro ponto relevante do projeto foi de incluir a Arte na proposta, pois trata-se de uma outra forma de linguagem, mas que é universal, pode ser traduzida por todos.
Minha experiência em Artes Visuais como aluna...
Infelizmente a minha experiência na aprendizagem na área de Artes Visuais como aluna não foi relevante. Nas primeiras séries do Ensino Fundamental as aulas resumiam-se em pintura de trabalhos mimeografados e desenhos livres e nas séries finais, em representações de objetos ou de locais; trabalhos utilizando formas geométricas; ...
No Ensino Médio, no qual cursei o Magistério, tive aulas de Artes apenas no primeiro ano. Mas neste período, as aulas tiveram mais significado em minha aprendizagem. Uma aula em que aprendi muito e que apreciei foi a de Origami. Lembro que a professora de Artes buscou uma "ligação" com as aulas de Geografia, nas quais estávamos estudando sobre o Japão. Vimos a história desta arte secular e através dela um pouco da cultura japonesa, incluindo alguns tópicos de matemática. Após toda esta apresentação, fomos à prática do origami e representamos diversos animais e objetos. Até hoje gosto muito e aplico esta técnica com meus alunos (apesar de dar muito trabalho, pois é preciso paciência, muita atenção e concentração ao realizá-la).
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