terça-feira, 5 de julho de 2011

Artes Visuais na contemporaneidade

Questionar, desacomodar, problematizar, instigar, estender caminhos à reflexão... O ensino de Arte na contemporaneidade deve estar norteado nestas ações. A Arte também proporciona conhecimento e também nos leva à transformação.
"Tratando mais especificamente de cada ação da Proposta Triangular e pensando a avaliação como uma reflexão e como a tomada de consciência dos sujeitos envolvidos - educador e estudantes – nosso referencial teórico propõe, no que se refere ao fazer artístico, que possam ser contemplados e percebidos os processos vivenciados pelos(as) estudantes no que se refere as propostas trabalhadas, a exploração dos suportes, os avanços na produção de desenho e a reelaboração e exploração de novas configurações, o uso de materiais, a exploração dos elementos da linguagem visual."
No que se refere à leitura de imagens, espera-se que o(a) arte/educador(a) adote uma teoria que possa nortear cada etapa/estágio da leitura vivenciada pelos(as) estudantes e poder determinar e/ou perceber o nível de desenvolvimento estético de cada um(a) ao ler imagens. Nesse sentido, temos as contribuições de Robert Ott, Michael Parsons, Edmund Feldman e mais recentemente as contribuições de Fernando Hernández para a importância da leitura crítica de imagens do cotidiano."
"Artes Visuais na escola considera a arte como elemento fundante para a construção de conhecimentos, possibilita a formação de um sujeito crítico e consciente, leitor reflexivo do mundo, sujeito que compreende a diversidade como constituinte de nossa formação, capaz de perceber os problemas e propor transformações para o entorno e para um contexto mais amplo."
(Fabiana Souto Lima Vidal – UFPE)
Elaborei uma situação de aprendizagem:
Atividade: situação de aprendizagem

“Vitória ou Morte” , Eugenio Merino.
Escolhi a escultura “Vitória ou Morte” do artista espanhol Eugenio Merino que fez parte da exposição da Feira Internacional de Arte Contemporânea (ARCO 2011) de Madrid. A obra chamou a minha atenção por apresentar um gesto feito com os dedos anelar e indicador, que simboliza universalmente a paz, porém a cor vermelha da mão e o arame farpado cercando a mesma, remetem a ideia de que esta “paz não existe”, ou seja, direciona à violência (vivenciada em todos os cantos do planeta). Esta obra pode ser trabalhada em sala de aula tanto para se trabalhar o simbolismo do gesto (paz), bem como suas manifestações, pessoas que a promovem, situações de busca por ela... Como também a representação da cor vermelha e da presença do arame farpado que podem nos remeter à violência que faz parte em diversos âmbitos em nossas vidas (na família, na comunidade, no bairro, no trânsito, nas instituições, na cidade, no país, no mundo...). E também pode ser feita a ligação da obra com a Arte Contemporânea, que num primeiro olhar pode nos causar estranheza, não nos mostrar nada de belo por se tratar de uma obra de arte, mas muito pode nos dizer. E então, se trabalhar a mensagem que a obra pode nos trazer (através do gesto , da cor e do objeto apresentado nela, o que toda a composição quer nos dizer, a crítica e a reflexão a que nos remete).
Fonte de pesquisa:
http://regbit.blogspot.com/2011/02/feira-de-arte-contemporanea-na-espanha.html

Um comentário: